A Assembleia Municipal do Porto aprovou por unanimidade uma proposta do PSD que insta o Governo a "tomar medidas de caráter urgente" e assegurar mais efetivos e recursos para a PSP, bem como a descentralizar a formação policial.
Na sessão, solicitada pelo Chega para discutir a criminalidade e insegurança, a moção do PSD foi a única, entre as 11 apresentadas na noite de segunda-feira, que reuniu unanimidade.
O tráfico de droga, a falta de recursos e efetivos da policia, e a imigração foram alguns dos fatores abordados.
Pelo PSD, Rodrigo Passos defendeu a necessidade de "não se ceder ao populismo, nem à demagogia", considerando que misturar segurança e imigração "desvia o foco dos problemas reais da cidade".
"Não se resolve insegurança com divisões nem ódio, mas com trabalho sério", assinalou.
Além de instar o Governo a reforçar os efetivos e recursos da PSP, a moção do PSD apela ao reforço da presença policial nas zonas mais problemáticas e turísticas.
A nível nacional, o PSD do Porto insta o Governo, entre outras matérias, a avançar com uma reforma e a descentralizar o modelo de formação dos polícias.
A par da moção do PSD, foram aprovadas, por maioria, três propostas do PS, BE e CDU, que repudiam a tentativa de associar os fenómenos de criminalidade à imigração.
Apesar de ter convocado a sessão, o Chega viu as suas seis propostas rejeitadas e criticadas, sobretudo uma que insta ao reforço da segurança e a "alguma forma de colaboração e intervenção das forças militares, nomeadamente do exército", medida considerada institucional pelas restantes forças políticas.